quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Crise na Terra X



No período anterior da década de 80 a Distinta Concorrente possuía múltiplas realidades quase que infinita.

Então, a Crise daquele período fez uma limpa enorme nos personagens da editora. Mais décadas depois resolveram voltar com o seu Multiverso, porém desta vez haviam somente 52 realidades distintas.

No universo pré-Crise a Terra X era habitada pelos heróis da Quality Comics.

Essa editora foi muito importante na Era de Ouro dos gibis e funcionou de 1939 até 1956.

Os heróis da Quality foram: Homem-Borracha, Pequeno Polegar, Falcão Negro, Lady Fantasma, Tio Sam, Condor Negro, Bomba Humana, Kid Eternidade, Miss America entre vários outros.

Durante meados da década de 50 a popularidade e o interesse nos heróis caiu bastante. Infelizmente a Quality saiu desse gênero e passou a publicar revistar sobre guerra, humor e terror. No entanto a editora fechou suas portas em 1956.

Seu direitos foram vendidos pra DC Comics e alguns destes heróis ressurgiram formando a equipe os Combatentes da Liberdade na edição Justice League of America # 107, em 1973.

Nesta realidade, os nazistas venceram a Segunda Guerra Mundial e dominavam o mundo através de 3 estações geradoras de um sinal que controlava a mente. Localizadas na Torre Eiffel, Monte Rushmore e no Monte Fuji.

Só que os Combatentes haviam se tornado imunes aos efeitos destes raios.

Hitler já havia morrido, no entanto um andróide que ocupava sua posição comandava uma estação orbital. A verdadeira central dos geradores (na intenção de converter qualquer herói que já tenha ido longe demais pra sua causa).

Após a macrossérie 52, a Terra X agora é a Terra-10, onde os Combatentes enfrentam uma versão nazista da Liga da Justiça.



Só pra constar, na excelente série animada Batman: Os Bravos e Destemidos temos o episódio “Cry Freedom Figthers!”.

E na trama, o Morcegão une-se ao Homem-Borracha e também aos Combatentes pra deter uma invasão alienígena.

A equipe é formada pelo: Tio Sam, Lady Fantasma, Condor Negro, Bomba Humana, Ray e Pequeno Polegar.

Bom, agora vamos comentar sobre o quarto crossover dos seriados da editora.

Crise na Terra X  (Crisis on Earth X) reuniu os heróis  de Supergirl, Flash, Arrow e Legends of Tomorrow pro casamento de Barry (Grant Grustin) e Isis (Candice Patton) em Central City.

Tudo ia acontecendo de maneira normal até que a cerimônia foi invadida por nazistas oriundos de outra Terra Paralela.

Obviamente como se trata de um casamento deveria haver algum contratempo pra que a união não fosse realizada.

Eram versões malignas da Supergirl, Arrow e Flash Reverso que neste caso surpreendeu, pois foi o retorno do nosso querido vilão Harrison Wells, da primeira temporada.

A parte interessante é que Oliver e Kara são casados, porém a vilã estava morrendo devido a exposição solar. E pra se salvar queria de qualquer maneira pegar o coração da Kara.

A melhor parte deste crossover foi ver que cada seriado não parecia estar separado.

Na verdade todos foram mostrados como se fossem apenas um só (fazendo nossa apreciação da história ser bem melhor.

O que pude notar que me deixou impressionado foi a Terra X, um lugar sombrio e assustador. 

Winn (Jeremy Jordan) era líder da resistência e estava agindo de maneria bastante radical. Forma totalmente diferente daquela que o vemos em Supergirl.

Gostei também pro destaque que deram pros personagens, Catlin, Mick, Isis e Felicity que tiveram seus momentos pra aparecer.

Eu não poderia esquecer da volta do Wentworth Miller sarcástico na medida certa.

Foi engraçado ver a tentativa do soro que tornaria Jefferson, num tipo de Homem-Aranha fazendo referência ao Cabeça de Teia.

Destaco as cenas de batalha da última parte em Legends que foram bem executadas e também a morte emocionante de Martin Stein (Victor Garber).

Pra fechar, enquanto Liga da Justiça infelizmente não está indo bem de bilheteria (apesar do filme ser bom).

Esse crossover prova que um roteiro escolhido de maneira bem criteriosa pode surpreender qualquer um.


Fico por aqui.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Superman vs Flash, A Corrida do Século!



A disputa pra saber qual dos personagens é o mais rápido da DC já perdura por longos anos.

Só pra constar, confesso que estava com o pé atrás devido terem escolhido Ezra Miller pra interpretar o velocista na telona.

Já que estávamos acostumados com Grant Grustin e seus problemas no seriado, mas foi legal constatar que Miller conseguiu ser bastante divertido.

Voltando, na cena pós-créditos de Liga da Justiça temos algo que realmente foi feito pra nós fãs de gibis ficarmos felizes feitos crianças.

Sendo que há décadas os roteiristas da empresa levantam essa questão quem é mais rápido o Superman ou o Flash?

Enquanto o Azulão é praticamente invencível com vários atributos ao seu lado como: invulnerabilidade, superforça, voo, visão de calor, sopro congelante entre outros.

Já o Flash mantém a alcunha de “O Homem mais Rápido do Mundo!”  fato que também dispensa qualquer apresentação.

Suponho que a velocidade do Homem de Aço seja equivalente a velocidade do som.

Afirmo que dependendo do período abordado a velocidade do escoteiro azul realmente chega a rivalizar com o velocista escarlate.

Enquanto o Flash correndo pode facilmente chegar á velocidade da luz. Contra o velocista não podemos negar que trata-se apenas de um ser humano que precisa se alimentar pra recuperar sua energia.

E pra acirrar essa discussão os fãs sempre tentam justificar, porque o seu preferido vence tal corrida.

Viaje comigo nessa corrida espetacular



Superman #199 - 1967
Foi a primeira edição da corrida e apresentou roteiro de Jim Shooter e arte de Curt Swan.

Na trama, a ONU organizou uma disputa ao redor da Terra (pra arrecadar dinheiro pros países pobres).

 O problema é que um grupo de bandidos sequestraram a dupla querendo manipular o resultado.

Só que ambos conseguiram escapar e de comum acordo terminaram empatados.



Flash #175 – 1967

Desta vez a segunda corrida foi feita pela Via Láctea, pois os alienígenas Rokk e Sorban capturaram a Liga da Justiça.

Forçando a dupla a disputar ainda ameaçam destruir as cidades (Metrópolis e Central City).

A parte interessante é que o Flash recebe uma aura protetora pra sobreviver no espaço.

Mais descobriram que Rokk e Sorban eram os vilões Flash Reverso e Abra Kadabra disfarçados.

Ambos correram 40 mil anos-luz, no entanto essa disputa também terminou em empate.



World’s Finest #198 e 199 – 1970

Foi a terceira corrida deles e apresentou roteiro de Dennis O’Neil e arte de Dick Dilin.

Na trama, Os Anacrônicos, uma raça alienígena capaz de viajar mais rápido do que a luz querem mudar a contagem do tempo (em nosso planeta).

Na tentativa de impedi-los os Guardiões do Universo usam o Super e o Flash pra correr na direção oposta.

O problema é que ambos são capturados pelos vilões tendo suas pernas imobilizadas, mas o Flash vence a corrida e salva a Terra.


DC Comics Presents #1 e 2 – 1978

É a quarta disputa entre os heróis apresentando roteiro de Martin Pasko e arte de José Luis Garcia-López.

 Como curiosidade esses gibis foram publicados pela antiga editora EBAL, na edição Anos 80 – Os Clássicos da Década # 4.

Nessa aventura os Zelkots e Volkirs, são duas raças alienígenas inimigas que capturam ambos os heróis.

Pra tentar impedir que haja o desentendimento entre eles o Flash é enviado pro passado pelos Zelkots, no entanto o Super foi enviado pelos Volkirs tendo como missão impedir o plano de seus inimigos.

O aspecto importante é que se trata de uma corrida temporal pra impedir um mal maior. Os heróis se tornam aliados pra deter a destruição do universo e não houve um ganhador nessa disputa.




The Adventures of Superman #463 – 1990

 Apresentando roteiro e arte de Dan Jurgens essa história foi lançada por aqui em Superman #98, da Editora Abril. E confesso que foi de onde retirei o título do post.

A capa é uma reedição da primeira corrida dos personagens (que comentei no início do texto).

Historicamente foi a primeira disputa entre Flash e Superman no período conhecido como Pós-Crise.

Desta vez, o problema é causado pelo chato do Sr. Mxyzptlk, um duende da quinta dimensão (inimigo do Homem de Aço que adora tirar onda com a cara do herói).

Lembrei que na série animada do Azulão, o anãozinho é casado com Ms. Gsptlsnz, uma ruiva sensual e inesquecível. E ao invés de dar atenção pra ela, Mxyzptlk vinha pra Terra perdendo tempo com o Super (eu juro que nunca entendi isso).

Continuando, os heróis disputam uma corrida ao redor da Terra pra decidir quem é o mais rápido.
É óbvio que o duende apronta diversas estripulias pra atrapalhar a dupla, no entanto o Flash ganha a corrida.


DC First: Flash/Superman – 2002

Nesta edição tivemos roteiro de Geoff Johns e arte de Rick Burchett.

O aspecto interessante pra ser comentado é que o Azulão disputou pela primeira vez uma corrida contra Jay Garrick, o Flash original, da Era de Ouro (ou Flash I, como é conhecido nos EUA).

O vilão Abra Kadabra foge mais uma vez da prisão e lança uma feitiço de envelhecimento em Wally West (Flash atual).

Pra salvá-lo eles precisam disputar uma corrida, mas Jay trapaceia e rouba energia cinética do Azulão vencendo a disputa.


Flash #209 – 2004

Apresentou roteiro de Geoff Johns e arte de Howard Porter. E a capa da edição foi feita pelo saudoso Michael Turner.

Na trama, Wally está preocupado com o desaparecimento de Linda, sua esposa. Mais há algum tipo de problema com a Liga, pois eles não conhecem sua identidade secreta.

Não sei explicar por qual motivo, porém West se recusa a revelar seu nome pra equipe. Enquanto dispara pelo mundo procurando por sua companheira, o Superman vai atrás do velocista.

Ambos acabam percorrendo por vários lugares tipo Nova York e Paris, mas no fim o Flash vence a corrida.



Flash Rebirth #3 – 2009

Apresentando roteiro de Geoff Johns e arte de Ethan Van Sciver.

Trata-se do retorno de Barry Allen, o velocista da Era de Prata.

Nesta aventura, Barry foi infectado pelo Black Flash decidindo correr até morrer. Só que Clark vai no seu encalço pra tentar convencê-lo do contrário.
Num momento crítico, Barry entra na Força de Aceleração e vislumbra vários acontecimentos de sua vida.

A parte legal é que o Superman comenta sobre as disputas do passado (dizendo que já venceu a corrida).

Mais o Flash rebate que aquelas foram feitas somente pra caridade. Afirmando na verdade que é o mais rápido deles.


Superman #709 - 2011

Desta vez temos roteiro de J. Michael Straczynski com Cris Roberson e arte de Eddy Barrows com Allan Goldman.

Só pra constar, essa aventura acontece durante a fase que o Super estava vagando pelos EUA á procura de si mesmo.

Na trama, Barry estava com sua mente sendo comandada por uma tiara kriptoniana.

O Corredor Escarlate estava construindo uma Nova Kripton na cidade do Colorado.

Então o Homem de Aço percebe essa mudança na paisagem (vendo apenas um borrão correndo á sua frente).

Depois descobre o fato do Flash não conseguir parar e começa persegui-lo. Em Krypton a tiara servia como um dispositivo de interrogação pra retirar informação da memória dos criminosos.

No final, Kal consegue alcançar o Flash e retirar o dispositivo mental. A questão é que Barry deixou o Azulão alcançá-lo provando mais uma vez que continua sendo o mais rápido entre os dois.


Como curiosidade descobri uma edição "Supergirl: The Fatest Women Alive" com roteiro de Stuart Moore e arte de Paco Diaz.

Na qual a Supergirl e Jesse Quick também disputam uma corrida beneficente ao redor do mundo.

Durante o percurso as heroínas visitam passam pelo Oceano Atlântico, África, China, Oceano Pacífico entre outros lugares.

O vilão a ser enfrentado é o Parasita que sugou os poderes tanto do Clark, quanto do Barry que estavam no estádio tietando suas pupilas.

É claro que ambas se unem pra derrotá-lo e depois continuam pra saber quem é a mulher mais rápida do mundo.



Outras Mídias

Além dos gibis houveram outras corridas entre os personagens na telinha.

Na excelente série animada do Super, temos o episódio “Demônios da Velocidade” (Speed Demons).

No qual, Barry e Clark decidem competir numa corrida pra caridade. O Flash demonstra ser muito convencido e ainda dá uma paquerada na Lois.

O problema surge quando o Mago do Tempo, inimigo do velocista decide usar um satélite pra controlar o clima e atrapalhar a disputa.

Depois de prender o vilão ambos voltam pra corrida, porém não temos como saber quem foi o vencedor.

No seriado Smallville, temos “Fugindo” episódio da quarta temporada. No qual Bart Allen (Kyle Gallner), um morador de rua sobrevive praticando furtos.

E numa dessas ocasiões rouba a carteira do Clark que vai atrás dele. Clark (Tom Welling) descobre sobre o passado solitário do garoto e há algumas cenas divertidas no episódio.

A parte importante é que no final disputam a famosa corrida e claramente percebemos que Bart era mais veloz que Clark deixando-o abismado com esse fato.

Por último há ainda o crossover da Supergirl com Flash “Os Melhores do Mundo” (World’s Finest).

Neste episódio Flash (Grant Grustin) e Supergil (Melissa Benoist) se unem pra combater as vilãs: Curto-Circuito (Brit Morgan) e  Banshee Prateada (Italia Ricci).

Lembrando que ambos vivem em Terras diferente, pois pertencem a emissoras concorrentes. 

Supergirl é transmitida pelo canal CBS enquanto The Flash pelo canal CW na Terra do Tio Sam.

Quero destacar que o episódio em si é muito divertido  e engraçado. É claro que isso foi devido a química que ambos os atores demonstram em cena.

E no final temos a tão famosa corrida dos heróis que também desta vez não foi apresentado um vencedor.

Até o próximo texto.


Fonte de Pesquisa: Mundo Estranho, Wikipédia e Mundo dos Super-Heróis # 8.